
FEBRE DE MAYARO
A Febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, cujo quadro clínico geralmente é de curso benigno, semelhante à Dengue e à Chikungunya. A doença é causada pelo vírus (Mayaro (MAYV), um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) da família Togaviridae, gênero Alphavirus, assim como o vírus Chikungunya (CHIKV), ao qual é relacionado genética e antigenicamente.
O ciclo epidemiológico do vírus Mayaro (MAYV) é semelhante ao da Febre Amarela Silvestre e se dá com a participação de mosquitos silvestres, principalmente do gênero Haemagogus, com hábitos estritamente diurnos e que vivem nas copas das árvores, o que favorece o contato com os hospedeiros animais. Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o homem é considerado um hospedeiro acidental. Possivelmente, outros gêneros de mosquitos participam do ciclo de manutenção do vírus na natureza, tais como Culex, Sabethes, Psorophora, Coquillettidia e Aedes; além de outros hospedeiros vertebrados como pássaros, marsupiais, xenartras (preguiças, tamanduás e tatus) e roedores, que podem atuar na amplificação e manutenção do vírus em seu ambiente natural.
Sintomas da febre do Mayaro:
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Febre
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Dores musculares
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Dores e inchaço nas articulações, que podem persistir por meses
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Manchas vermelhas pelo corpo
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Náuseas
Há relatos de complicações graves, que envolvem problemas neurológicos, hemorragia e até morte. Contudo, esses casos são raríssimos. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem com o tempo.
O diagnóstico e o tratamento:
Como seus sintomas se parecem com os da febre amarela, da dengue e, principalmente, do chikungunya, é comum haver uma confusão entre eles. Só exames laboratoriais são capazes de realmente distinguir entre as infecções.
Mas, para efeito do tratamento, muitas vezes isso não é necessário. Até porque as doenças mencionadas não possuem tratamento específico. Em outras palavras, os médicos controlam os sintomas, avaliam a evolução do quadro e esperam o próprio organismo reagir à presença do vírus Mayaro.
Ao apresentar sinais suspeitos, é importante buscar atendimento profissional.
Não existe uma vacina. Para fugir o problema, você deve evitar a picada de mosquitos infectados. Como?
Evite frequentar áreas de mata sem proteção, principalmente na primavera e no verão, quando o vetor é mais ativo. Repelentes e roupas compridas ajudam bastante.
Além disso, sempre cabe eliminar locais de água parada para impedir a proliferação do Aedes aegypti. Quando menor a concentração dele, menor a probabilidade de o vírus Mayaro ganhar espaço nas cidades.